Auriel
“Desculpa, Auriel. Aqui com certeza não fazia parte dos planos. Kat é explosiva demais, sabe? Pavio curto,” Darius explica, e cada palavra dele soa banal, quase como se estivesse falando de um capricho infantil.
“Kat? A filha da puta que me esfaqueou e quase me matou por causa disso se chama Kat?” Explodo com raiva, e antes que eu perceba, o impulso me domina.
Jogo a taça de vinho no chão, o som do vidro se estilhaçando ecoa alto pela sala, se espalhando como um grito. O líquido escuro se espalha pelo chão, formando manchas vermelhas que me lembram sangue.
Darius me olha com uma expressão de divertimento. Ele nem sequer se encolhe diante do meu acesso de fúria. Continua ali, firme, observando-me como se eu fosse uma criança birrenta, um brinquedo que ainda o entretém.
Mas é claro, por que ele se encolheria? Darius é o dobro do meu tamanho, e o controle que ele exerce sobre o ambiente é sufocante. Eu não conseguiria deslocar o braço dele igual ele fez comigo. Essa lembrança me