Auriel
A sala de reunião está com vários soldados bem fardados e sérios, alinhados contra as paredes de pedra clara como estátuas vivas, os uniformes impecáveis refletindo na luz suave, prontos para proteger o meu irmão Alex com uma vigilância que me faz sentir pequena e exposta, o peso de sua autoridade me oprimindo como uma névoa densa.
Sinto-me retraída e assustada com tamanha imposição de autoridade e força em um só lugar, o coração acelerado com uma timidez que faz minhas mãos tremerem levemente.
Ainda não consigo me acostumar com isso, mesmo tendo morado por meses no castelo da capital, onde a grandiosidade sempre me deixava com a sensação de ser uma intrusa, a insegurança pulsando em meu peito como uma ferida aberta, o desejo de me encolher e desaparecer colidindo com a necessidade de pertencer.
“Você pode se sentar aqui do meu lado,” Alex informa, a voz gentil puxando uma cadeira com um rangido suave no chão, o gesto fraternal me aquecendo por dentro, mas também intensificando