Thorne
“O que você precisa?” questiono mentalmente para a Entidade.
Uma curiosidade ardente misturada a uma desconfiança persistente que aperta meu peito, o desejo de dominar minha Clairivox me consumindo como uma chama incontrolável, mas o medo de consequências desconhecidas me deixando com os músculos tensos.
Estou parado no meio da sala de feitiços do castelo, os livros antigos me rodeando como sentinelas silenciosas nas estantes de carvalho escuro, o cheiro de madeira envelhecida e grimórios empoeirados invadindo minhas narinas, preenchendo o ar com uma essência mágica que me envolve e me faz sentir vivo, mas também vulnerável.
Devia avisar para Amara que seu feitiço de barreira mental durou apenas dois dias desde a chegada dos seus pais, uma falha que me enche de uma irritação sutil, o coração dividido entre a lealdade a ela e a necessidade premente da Entidade, o acordo que fizemos ecoando em minha consciência como uma corrente que me puxa para o abismo, a empolgação pelo poder