Assim que entramos na casa, somos parados por Pedro. Ele nem sequer olha muito para mim, apenas comenta com Rafael que gostaria de conversar com ele. A sós. Rafael hesita, me lança um olhar de dúvida, mas eu apenas aceno com a cabeça, dizendo que tudo bem. Que esperaria por ele do lado de fora.
Volto ao banco em que estávamos antes. O ar está um pouco mais frio agora e eu tremo levemente com as roupas molhadas grudando no corpo. Encolho os ombros e abraço as próprias pernas. É aí que vejo uma figura parada diante de mim.
É a Anna.
Ela me observa por um segundo, depois se aproxima com uma toalha na mão.
- Já que aqueles dois estão conversando para se resolverem… acho que nós deveríamos bater um breve papo. - diz, me estendendo a toalha.
Mantenho os braços cruzados. Não estendo a mão. Apenas viro o rosto, me recusando a aceitar o gesto. Um pouco imatura? Pode ser, mas falsa nunca.
Ela suspira, como quem esperava essa reação, e se senta ao meu lado. Seus ombros também estão tensos, mas e