Mesmo achando que vou cair pelos joelhos bambos, obedeço, ciente de que minha bunda está a centímetros do rosto dele. Fito o reflexo da garota de dezessete anos e me sinto uma idiota em imaginar um realidade onde eu sereia debruçada nessa penteadeira e teria a camisola erguida até a cintura e… Ridícula. Como se um cara de vinte e tantos fosse se interessar em uma adolescente. Talvez seja crime. Talvez não. Mas, sequer importa. Não quem Matteo deve proteger e não… profanar. Usar a palavra que ele usou recentemente me deixa ainda mais irritada comigo.
— Se não parar de mexer essas pernas eu vou te cortar, Cecy.
Separo os cílios, as bochechas queimando em um pudor que só existe na minha mente. Ele não sabe o que estou pensando e repudio a ideia de que meu próprio corpo esteja me traindo e escancarando a perversão. Só que está, pois me dou conta dos arrepios e da forma como as estou apertando uma na outra, tentando conter na calcinha o que não pode escorrer para fora dela de jeito nenhum.