Ponto de vista de Serena Serena Bianchi.
Tudo aconteceu em segundos.
Rápido demais. Frio demais. Preciso demais.
Não houve alarme. Não houve aviso. Não houve tempo.
Quando percebi, já estava fora da Villa — fora da segurança que sempre conheci como inviolável.
Estava com Lucas no colo, indo em direção à sala de música quando senti a primeira presença estranha. Um vulto se moveu atrás de mim, depois outro. Uma mão cobriu minha boca. A outra me envolveu a cintura, puxando com firmeza, mas sem brutalidade.
Não houve grito.
Porque eu não ousei gritar.
Não podia. Não com meu filho nos meus braços. O medo se enraizou nas minhas vísceras, mas o instinto de mãe foi maior.
Engoli o grito, engoli o pânico, engoli a vontade de cair de joelhos e implorar por ajuda.
Lucas olhava para mim, os olhos arregalados, confusos, mas ainda inocentes. E era por ele que eu me mantinha firme.
A van preta estava estacionada do lado de fora da antiga trilha de serviço, aquela que passava pelas estufas abandonad