Ponto de Vista: Máximo Bianchi
O silêncio no jatinho estava mais pesado que chumbo. E olha… pra um grupo acostumado a falar mais do que a boca, aquilo era sinal de que a tempestade estava vindo.
No meio do voo, eu e Paolo trocamos aquele olhar cúmplice que só quem cresceu junto entende. Olhei pro casal recém-formado, sentados lado a lado, Enrico apertando tanto as próprias mãos que parecia que ia quebrar os próprios dedos, enquanto Giovanna mordia o lábio inferior, claramente prestes a entrar em colapso.
Me ajeitei na poltrona, respirei fundo e larguei, do jeito mais direto possível:
— Chega. — Cruzei os braços. — Bora encarar essa merda de uma vez.
Peguei o celular, mandei mensagem no grupo da família.
“Nos encontramos na casa dos meus pais. Todo mundo. Assunto de família. Urgente.”
A resposta não demorou.
“Estaremos lá.”
Desviei o olhar pra Enrico, que, por mais que tentasse parecer firme, estava branco que nem papel.
— Chegou a hora, irmão. — Falei, firme, apontando pra ele. — Se t