Ponto de vista de Serena Bianchi.
A luz da manhã invadia o quarto através das enormes cortinas de linho claro. O cheiro do café que algum dos empregados já preparava começava a se misturar com o aroma amadeirado do nosso quarto. E, se eu achava que aquele cheiro seria o primeiro a me arrancar da cama, estava enganada.
O que me despertou, na verdade, foi a boca dele.
Máximo estava sobre mim, seu corpo nu colado ao meu, sua mão firme segurando minha cintura como se eu pudesse escapar — coisa que nós dois sabíamos ser impossível. Seu beijo era urgente, faminto, daquele tipo que só ele sabia me dar.
— Buongiorno, amore mio… — a voz rouca e carregada de desejo, sussurrou contra meus lábios. — Acorda desse jeito… ou vou te devorar inteira.
Eu sorri, sem nem abrir os olhos.
— Você já me devora todas as manhãs… — provoquei, deslizando a mão pela sua nuca, puxando seus cabelos curtos.
Não houve mais palavras. Só os gemidos, os toques, os movimentos perfeitos que nossos corpos já conheciam tão