Ponto de Vista de Serena
Quando a van estacionou, meu corpo inteiro parecia não me pertencer mais. Tremia. O coração batia tão rápido que parecia querer rasgar meu peito. Ainda sentia o cheiro do cativeiro grudado em mim... um cheiro que parecia querer me lembrar que o pesadelo ainda não tinha acabado.
Mas acabou. Quando a porta se abriu... eu soube. Eu estava em casa.
E, no mesmo segundo, vozes misturadas em soluços e gritos de alívio me cercaram.
— Serena! — minha mãe gritou, correndo na minha direção com as mãos tremendo, o rosto lavado em lágrimas.
Atrás dela, meu pai. Lucas Petrovic. Aquele homem que o mundo inteiro teme. Que carrega o sobrenome mais temido da máfia Sérvia... estava com os olhos marejados, o queixo trêmulo, e uma expressão de um pai completamente destruído pela dor.
Aurora me abraçou com tanta força que pensei que nunca mais me soltaria. Seu cheiro, seu calor, seus braços... tudo aquilo que, por um momento, achei que nunca mais sentiria.
— Minha filha... minha fi