Ponto de Vista de Máximo Bianchi.
O rádio chiou, a tensão parecia cortar o ar. A voz do nosso informante russo soou firme, mas com uma urgência que me fez apertar os punhos:
— Máximo... estão negociando sua esposa agora. Eu vou tentar tirá-la de lá. Mandem a van pro estacionamento dos fundos, ao lado da minha. Lá não tem câmeras. Se preparem.
Meu coração pareceu parar de bater. Cada músculo do meu corpo estava tensionado como corda prestes a se romper. Respirei fundo, segurando o pânico que ameaçava me consumir.
— Todos nos seus postos. Snipers preparados. Ninguém age sem minha ordem. — falei firme, a voz grave, cada palavra saindo entre dentes cerrados.
Olhei para meu pai, Salvattore, que estava ao meu lado. Seus olhos, normalmente calmos e calculistas, agora eram pura fúria. Ele pode ter deixado o cargo de subchefe, mas aquele homem nunca deixou de ser um Bianchi. E naquele momento, ele era muito mais do que isso: era um sogro à beira de ver sua nora ser destruída por monstros