Cap. 13
Rafael agarrou um dos homens pela gola da camisa, os olhos arregalados em puro desespero.
— Me digam que vocês a salvaram! — suplicou, com uma fagulha de esperança queimando no fundo da garganta.
Os dois homens se entreolharam, confusos. O que estava sendo segurado empurrou Rafael com força.
— Você ficou louco? — rosnou. — A ordem foi enterrar o corpo, não salvá-la. Se não queria que ela morresse, devia ter se certificado melhor. Agora é tarde. Ela está morta. — Fez uma pausa e sorriu com crueldade. — Se quiser comprovar, é só subir mais um pouco. Não sobrou nada pra salvar.
A risada sombria do homem ecoou em Rafael como um prego sendo cravado no peito. Ele soltou um suspiro contido e assentiu, engolindo o amargo silêncio.
Sem dizer mais uma palavra, voltou ao carro. Ligou o motor e seguiu estrada acima, as curvas estreitas serpenteando por uma encosta úmida. A montanha parecia sufocada por uma névoa cinzenta e espessa, como se a natureza também estivesse de luto.
Parou diante