Cap. 72
Cap. 72
— E você tá dando aula particular pra um homem que mal olha na sua cara. Isso sim é burrice. Burrice emocional em estágio terminal. Não te ensinaram a ter amor próprio na infância?
— Melhor ser burra com esperança do que gênio em coma emocional, Angela — rebateu, se aproximando ainda mais como se estivesse num hotel cinco estrelas. — Vai sonhando que ele vai se apaixonar por você só porque você sabe enrolar um curativo, usar agulhas e fazer cara de quem sofre bonito.
— Pelo menos eu não tenho que me espremer na cama dos outros pra chamar atenção.
— Eu vim ver se você não tinha morrido — ela respondeu, já bocejando. — Mas confesso que agora estou torcendo pelo contrário.
Suspirei fundo, bufando com um meio sorriso. Era impossível odiá-la de verdade. A gente se detestava com tanta dedicação que parecia carinho.
O tipo de relação que só faz sentido pra quem já pensou em envenenar o chá da outra, mas também daria um tapa em quem tentasse fazer isso por você. A verdade é que Syll