56. QUEM É NOSSO PAI?
Os anos escorriam como areia por entre os dedos, e a vida de Isabela parecia ter se transformado numa rotina que mesclava doçura e exaustão. Os quadrigêmeos, agora já crescidos o suficiente para frequentar a escola, mostravam-se crianças muito acima da média. Desde cedo, Isabela percebia em cada um deles características únicas, quase assustadoras.
Levi, o mais velho, tinha uma liderança natural. Bastava um olhar firme e os irmãos o seguiam sem questionar. Havia nele um ar sério demais para sua idade, como se carregasse responsabilidades invisíveis.
Lucas, o segundo, era o mais calculista, sagaz, sempre encontrando soluções lógicas para problemas que Isabela nem imaginava que crianças pudessem resolver.
Luan, o terceiro, era mais emocional, mas essa sensibilidade não o tornava frágil — pelo contrário, ele sabia manipular sentimentos alheios com um jeito doce, que deixava qualquer adulto encantado.
E, por fim, a pequena Gabriela, a única menina, tinha um brilho nos olhos que misturava d