41. A IRA DE LEONARDO E A CHANTAGEM DE HELENA
Os dias que seguiram a fuga de Isabela foram um tormento sombrio para a família Villar. A mansão parecia um labirinto de ecos pesados, cada parede impregnada da fúria de Leonardo. Ele havia passado três noites sem dormir, vasculhando estradas, interrogando seguranças, ameaçando motoristas e subornando contatos em busca de uma pista sequer. Mas nada. Isabela havia desaparecido como fumaça levada pelo vento.
No terceiro dia, já com os olhos vermelhos pela falta de sono e a mandíbula travada de raiva, Leonardo entrou no escritório da mansão e atirou um copo de uísque contra a parede, fazendo os cacos se espalharem pelo tapete caro.
— Como ela ousa?! — rugiu, a voz ecoando pelo ambiente. — Ninguém some debaixo dos meus olhos. Ninguém!
Helena, que até então mantinha a postura elegante e calculista, sentia que o controle estava começando a lhe escapar. No fundo, sabia que a obsessão do filho por Isabela poderia virar contra ela a qualquer instante. E, se isso acontecesse, todo o castelo que