O amanhecer chegou silencioso, com um céu cinzento que parecia pressagiar tempestades. Dentro da casa simples de Caroline, Isabela despertou assustada, como se cada barulho fosse um anúncio de que haviam sido descobertos. O coração dela ainda batia em ritmo acelerado pela fuga da noite anterior.

Na cozinha, Caroline preparava café enquanto Caio organizava documentos sobre a mesa: passaporte falso, identidade, CPF, até uma carteira de motorista que, em breve, seria o novo rosto de Isabela diante do mundo.

— Sente-se — disse Caio com firmeza, empurrando uma cadeira para ela. — Temos pouco tempo.

Isabela se aproximou devagar, ainda atordoada. Ao ver a foto colada nos documentos, ela se surpreendeu: a mulher naquelas páginas parecia com ela, mas ao mesmo tempo era uma estranha.

— Esse vai ser o seu novo nome — Caio explicou, apontando para o passaporte. — “Marina Duarte”. A partir de agora, você precisa se acostumar a responder a ele.

Isabela repetiu em voz baixa:

— Marina Duarte…

Carolin