39. GRÁVIDA
Ele diminuiu a velocidade ao se aproximar, e por um instante, Isabela achou que tudo havia acabado. O carro preto parou ao lado do dele. Leonardo abaixou o vidro, encarando o irmão com um olhar curioso.
— Caio? — disse, franzindo o cenho. — O que faz a essa hora da noite?
Caio manteve o semblante sereno, um sorriso discreto nos lábios, como se nada de anormal estivesse acontecendo.
— Vou encontrar alguns amigos, Leonardo. Precisei sair de última hora.
Os olhos de Leonardo se estreitaram, mas logo Caio disfarçou.
— Só não conte isso para nossa mãe. Você sabe como ela adora me controlar.
Caio assentiu, mantendo a calma.
— Fica tranquilo. Boa noite, irmão.
Leonardo acelerou, seguindo adiante. O som do motor se afastou na escuridão.
Dentro do carro, Isabela tapou a boca com as mãos para não soltar um soluço alto. O corpo todo tremia, as lágrimas escorrendo sem controle. Caio não a olhou naquele instante, mas sua voz saiu firme, como uma promessa:
— Agora não há mais volta.
E, pela primeir