12. O DESPERTAR DE LEONARDO
Quando Isabela despertou, foi como emergir de um sonho nebuloso. A luz suave da sala a envolvia como um manto, e por um momento ela não soube dizer quanto tempo havia passado. Seu corpo parecia leve, como se tivesse dormido profundamente, mas sua mente estava envolta em uma névoa estranha, desconfortável.
Sentou-se devagar na maca, piscando algumas vezes até conseguir focar os olhos. O Dr. Donviller Rainn estava diante dela, anotando algo em uma prancheta. Sorriu ao perceber que ela acordara.
— Como se sente, senhora Villar? — perguntou com voz suave, quase melódica.
— Estranha... — murmurou ela, levando a mão à têmpora. — Foi só uma sedação? Quanto tempo...?
Antes que pudesse concluir a frase, Helena já estava ao seu lado, impecável como sempre, sorrindo com ternura estudada.
— Foi só um pequeno relaxante, meu bem. Você estava muito tensa. Tudo correu perfeitamente. Os exames estão ótimos.
— Eu... — Isabela hesitou, ainda confusa. — Eu dormi?
— Um cochilo rápido. O suficiente para al