13. A REAÇÃO DE HELENA DIANTE DA SITUAÇÃO DE LEONARDO
Quando finalmente falou, sua voz soou baixa e grave, mas carregada de um peso quase gélido:
— Quem… — ele respirou fundo, como se cada palavra exigisse esforço — … quem é você?
Isabela piscou várias vezes, atônita.
— Eu… eu sou… — ela tentou explicar, mas as palavras se engasgaram.
Ele franziu levemente o cenho e piscou algumas vezes, como se a mente trabalhasse para juntar peças de um quebra-cabeça quebrado.
— Onde… estou? — perguntou, e o som da sua voz naquela pergunta fez um arrepio percorrer a espinha de Isabela.
Ela olhou instintivamente para a janela. O céu ainda estava escuro, mas já era amanhecer. As nuvens carregadas anunciavam chuva e o peso do inverno tornava a atmosfera quase opressora.
O silêncio entre eles se prolongou. O ar parecia mais denso, o tempo mais lento.
— Você… — ela começou com a voz trêmula, tentando não parecer apavorada — estava… em coma.
Ele continuou a fitá-la, e a confusão em seu olhar deu lugar a algo mais perigoso: curiosidade misturada com uma tensã