59. O VERDADEIRO RESULTADO
Ainda naquela manhã, Jacob entrou em seu escritório como um vendaval. A tensão em seus ombros era visível, o maxilar travado. Seus passos apressados ecoaram pelo piso de mármore e, sem se sentar, ele começou a caminhar em círculos ao redor da mesa, os olhos voltados constantemente para a porta. Esperava por respostas. Precisava delas. E naquele dia, finalmente, tudo mudaria.
Poucos minutos depois, a porta se abriu com um rangido suave, e o detetive Roberto entrou. Vestia um sobretudo escuro, óculos de aro fino e uma expressão carregada de gravidade. Trazia em mãos um envelope pardo, grosso e lacrado.
— Bom dia, Jacob. — Sua voz soou firme, sem rodeios.
Jacob se virou imediatamente, ansioso.
— Me diga que você descobriu. Eu não consigo mais viver com essa dúvida. Isso está me sufocando.
O detetive assentiu, fechando a porta atrás de si antes de se aproximar da mesa e depositar o envelope sobre ela com delicadeza, como se segurasse dinamite.
— Descobri, sim. Mas, Jacob, o que tenho aqui