70. AS DESCOBERTAS DE LARISSA
Nos dias seguintes, Larissa mal conseguia dormir. As palavras do tio Mauro se misturavam com as revelações de Jacob e criavam um nó sufocante em sua mente. A raiva e a dor estavam lá, latejando como uma ferida aberta. Mas acima de tudo, havia uma nova emoção: determinação.
Ela não podia simplesmente aceitar que Willian tinha matado seu pai e roubado sua herança. Não sem provas. Não sem justiça.
Naquela manhã de sábado, Larissa se trancou no antigo escritório do pai, nos fundos da casa onde crescera. As estantes de madeira ainda guardavam pastas antigas, álbuns empoeirados, contratos e livros de contabilidade. A luz da manhã entrava pelas frestas da persiana, criando listras de sol sobre a mesa de mogno. Ela se sentou e começou a vasculhar tudo com atenção.
Horas se passaram.
Algumas pastas continham contratos entre seu pai e Willian — eram documentos antigos, de quando os dois fundaram a primeira empresa juntos. Um nome aparecia com frequência: Alfredo Lemos, o mesmo ex-funcionário me