Jacob saiu da mansão como se fugisse de um incêndio. Seus passos eram largos, apressados, impulsionados por um misto de desespero e incredulidade. O frio da noite batia contra seu rosto, mas ele mal sentia. Sua mente girava em círculos, absorvendo e, ao mesmo tempo, rejeitando tudo que acabara de descobrir.

Entrou no carro com brutalidade, girou a chave na ignição e acelerou, saindo do portão como um raio. A única coisa que sabia com certeza era que precisava ver Larissa. Olhar nos olhos dela. Sentir que ainda havia uma verdade entre os dois — mesmo que o mundo ao redor desabasse.

No meio do trajeto, com as luzes da cidade borradas pela velocidade e pelas dúvidas que o consumiam, Jacob apertou o volante com força e pegou o celular. Precisava falar com seu pai. A chamada foi atendida no segundo toque.

— Pai, onde você está? — perguntou, sem rodeios, a voz carregada de urgência.

Do outro lado da linha, a voz de Willian soou baixa, contida.

— Estou na casa da Larissa. Queria conversar co