39. SEGREDOS E UMA SOMBRA DE DÚVIDAS
Enquanto a conversa entre Barbara e Istela ganhava tons cada vez mais perigosos e conspiratórios no elegante restaurante do centro da cidade, Willian se aproximava em silêncio de sua própria prisão dourada.
O grande portão de ferro forjado rangeu suavemente ao se abrir, controlado por um segurança uniformizado que o aguardava com a habitual formalidade. Willian assentiu em silêncio, mantendo as mãos firmes no volante do carro importado. Os faróis banharam com luz amarelada a fachada do imponente casarão, erguido sobre uma colina arborizada, com colunas brancas e janelas amplas cercadas por jardins meticulosamente podados. A mansão era um símbolo de sucesso — mas para ele, naquela noite, parecia apenas uma estrutura fria e vazia.
Assim que estacionou, um dos empregados veio ao seu encontro com um leve sorriso contido, como exigia o protocolo. Curvou-se ligeiramente, recebeu as chaves e levou o carro para a garagem, deixando Willian a sós com seus pensamentos e silêncios.
Ele caminhou e