O templo natural parecia mais desperto naquela manhã, como se a terra, as pedras e o lago tivessem escutado cada palavra dita por Amélia e Zard nas primeiras horas do dia. A luz dourada do amanhecer filtrava-se pelas fendas da caverna com mais intensidade, refletindo-se nas águas calmas do lago, que dançavam com uma tranquilidade quase cerimonial. O silêncio não era vazio, mas carregado de presença — como se os ancestrais estivessem observando, atentos, cada passo do grupo.
Amélia voltou ao grupo e encontrou Damian já desperto, sentado sobre uma rocha plana, os olhos fixos no movimento da água. Ao vê-la se aproximar, ele sorriu — um sorriso pequeno, mas carregado de afeto e compreensão.