CALEB
A manhã começou com um vento mais frio do que o normal e uma movimentação contida nos currais — aquele tipo de silêncio que antecede um dia cheio.
Hoje era dia de inspeção da cooperativa. E ninguém mais do que Savana sabia o quanto isso era importante.
Eles viriam avaliar a estrutura, o manejo, o cronograma de entrega… e, principalmente, se a fazenda estava em ordem depois dos últimos ajustes que ela mesma tinha implementado. Tudo estava programado. Tudo estava cronometrado.
Só tinha um problema: ela não estava em lugar nenhum.
Savana sempre chega antes de todos nos dias importantes. É o jeito dela: não espera o relógio mandar. Mas agora já passava das 7h30, o caminhão da cooperativa estava a caminho… e nem sinal dela.
No começo, achei que fosse só atraso, mas, conforme os minutos foram passando, a inquietação cresceu. Peguei a prancheta com os relatórios e fui direto pro primeiro galpão.
O galpão central estava vazio.
Nenhum barulho de botas ecoando pelo chão de cimento, nenhum