As três horas de viagem passaram mais rápido do que eu esperava, graças às histórias animadas de Matteo sobre a Toscana, os vinhedos da Cantina Bellavista e as peculiaridades da família que comandava a vinícola. O café quente que ele trouxe ajudava a manter minha energia, mas, à medida que nos aproximávamos do destino, a ansiedade voltava a se instalar.
Matteo apontou para uma placa rústica de madeira à beira da estrada, com as palavras Cantina Bellavista entalhadas em letras elegantes.
— Estamos chegando, signorina — disse ele, com um entusiasmo que era quase contagiante. — Bem-vinda ao coração da Toscana.
O sedã virou em uma estrada de cascalho ladeada por fileiras de videiras, suas folhas tingidas de tons de amarelo e laranja. Ao longe, vi a mansão da família Bellavista, uma construção imponente de pedra com janelas altas e telhas terracota, aninhada entre as colinas. Era majestosa, mas não intimidadora, com um charme que parecia acolher quem chegava. Mais adiante, uma estrutur