— Por que você se importa? — questiono, quase sussurrando.
— Porque se isso for verdade, tudo muda. — disse ele, os olhos ainda fixos nos meus, como se tentasse enxergar além das minhas palavras.
Franzo o cenho.
— O que...
— Precisamos conversar em um lugar mais quieto. — Marcos me interrompeu e olhou em volta por alguns segundos, antes de me olhar de novo. — Vem comigo. Por favor.
Hesitei por um instante, mas a intensidade no olhar dele, misturada com a minha própria necessidade de respostas, me fez ceder.
— Tá bom. — murmurei, deixando que ele me guiasse.
Marcos me levou pelo meio da multidão, desviando de pessoas dançando e rindo, até chegarmos a um corredor. Ele abriu uma porta, e entramos em uma biblioteca enorme, com estantes que iam do chão ao teto, cheias de livros encadernados. O som da música ficou abafado assim que a porta se fechou atrás de nós.
Ele soltou meu braço e passou a mão pelo cabelo, visivelmente inquieto.
— Lucas não é... — começou ele, mas eu o int