Olho para a mão de Marcos em meu braço e depois para sua expressão furiosa, confusa.
— O que pensa que está fazendo? — pergunto, puxando meu braço. — Quem você pensa que é...
— Responde, Letícia!
Marcos grita e aquilo me deixa assustada. Eu nunca tinha o visto falar daquela maneira.
— É só um cara que conheci na balada!
Antes que eu pudesse dizer mais, ele me interrompeu, os olhos faiscando.
— Fica longe dele, Letícia. E nunca, nunca leve esse cara para sua casa!
Eu dei uma risada, incrédula, cruzando os braços.
— O que é isso, Marcos? Tá com ciúmes por me ver com outro? — perguntei, arqueando uma sobrancelha.
Marcos ficou em silêncio por um segundo, o maxilar travado. Ele passa a mão no cabelo e olha para trás, no exato momento em que Clara faz um sinal para que ele volte para a passarela.
— Nós terminamos essa conversa depois.
— Não! — digo, firme. — Essa conversa já acabou. Nós não temos nada Marcos e levo quem eu quiser para a minha casa.
Marcos me encarou por mais u