— Ele não é meu namorado.
Aquelas palavras saíram tão rápido da minha boca, que eu sequer me dei conta do que viria a seguir.
Risadas.
— Caramba! Você não segura um mesmo, hein? — Bruna zomba, rindo bem na minha cara. — Quando eu vi aquele homem, eu sabia que era homem demais para você mesmo.
— Lembra do que cogitamos? — Jefferson pergunta à Bruna, que assente. — Bonito demais para estar com a Leticia. Deve ter perdido alguma aposta.
— Ah... o Mark... é que... eu... ele... — gaguejei, minha voz falhando enquanto tentava montar uma frase coerente. Minha mente era um borrão, o rosto de Marcos — ou Mark — voltando com tudo, aquele sorriso torto, o amore mio, a noite no beco. E agora, ali, na frente dos meus colegas, eu era o alvo de piadas sobre algo que eles nem entendiam.
Andressa, percebendo o buraco em que eu estava me afundando, agarrou meu braço com força e entrou na conversa como se fosse um escudo humano.
— Nem pensar! — ela exclamou. — Aquele cara não chega mais perto da