Mundo de ficçãoIniciar sessãoP.O.V Klaus
Eu saí do quarto de Julie totalmente assombrado. As última palavras ditas doeram dentro da minha alma. O cheiro daquela humana me inundava, atordoava todos os meus sentidos mais obscuros. Eu corri pela floresta desorientado, sentia tudo dentro de mim desabar. Eu só precisava ficar longe dela, longe da sua linhagem. Eu não podia causar uma guerra, eu era um príncipe afinal. Eu finalmente cheguei ao castelo, as reverências me deixavam irritado, não queria falar com ninguém. Eu queria apenas remoer os meus sentimentos dentro do meu próprio quarto. - Klaus, onde você esteve? saiu de novo para ver aquela humana? - Disse Patrick assim que me viu pelo corredor. - Você quer mesmo falar sobre isso aqui?! - Falei ainda mais irritado. - Eu sou a porra do seu conselheiro! Se o seu pai fica sabendo disso, ou pior, se a Elena fica sabendo... - Eu quero que o meu pai e a Elena se fodam! - Ela é a sua noiva Klaus! E você sabe disso desde que somos crianças. - Uma noiva que eu desprezo, que eu sinto repulsa! Do que adianta? Ela vai subir até o altar com a benção de todo o conselho e vai abrir as pernas para mim para produzir herdeiros. E será apenas isso, ela sabe, e ela aceitou. - Você vai aprender a viver com ela, todo nós aprendemos. É o seu destino! Ver a humana pode acabar causando uma guerra terrível! O conselheiro deles veio falar com o seu pai hoje! - O amigo? aquele tal Benjamin? Um fraco! Eu não tenho medo dele. Eu sou a porra de um lobo, por que eu temeria um frangote daqueles? - Não se trata disso! Ele pode alegar que você quebrou o tratado se deitando com aquela humana, se ela engravidar, você vai levar ela até a sua sentença de morte Klaus! Esqueça a humana, ela não pode participar do nosso mundo. E onde foi parar toda a sua repulsa dos humanos? Preciso lembrar o que fizeram com a sua mãe?! Ele bateu no ponto chave de toda a minha vida. Minha mãe. Caçada como um animal por um humano, ao menos, eu consegui vinga-la, arrancando sua pele antes que ele pudesse correr. - Não fale da minha mãe. E eu apenas me despedi dela Patrick, eu não vou mais vê-la. Eu não posso colocar a vida dela em risco. - Você está apaixonado pela humana? - Disse ele irritado e desapontado. - Não! eu não estou! E eu não te devo explicações, você é o meu conselheiro, mas o seu Alpha sou eu! Não esqueça a maldita hierarquia. Eu caminhei pelo corredor deixando Patrick sozinho com minha última insolência, precisava respirar um pouco. Olhar para a lua e me preparar para o banquete do maldito pré casamento. Eu tinha que esquecer Julie, seus olhos grandes e bonitos. Seus cabelos dourados e sua pele de porcelana. Eu tinha que esquecer o seu cheiro e toda a minha vontade de finalmente sentir o seu gosto de verdade. Eu tinha que evitar o meu ímpeto toda vez que ela me atraia em seus pensamentos. Eu precisava cuidar do meu povo, não podia me deixar levar pela luxúria e desejos. Mas ela dentro do meu coração, eu sabia, aquela mulher humana era a minha ruína. Eu tomei um banho e me arrumei para enfrentar a politicagem que foi imposta para mim desde a porra do meu nascimento. Entrei no salão, e Elena veio em minha direção com seu sorriso bonito e seus peitos saltando do vestido apertado. - Você está atrasado! - disse ela assim que se aproximou, mantendo o seu sorriso falso nos lábios - Sua intenção é só me humilhar? - Você armou com conselho para se casar com um lobo que te despreza. Aceite o pagamento. - Esse contrato foi feito e agora você vai cumprir. Eu serei a sua rainha, quer você queria ou não querido - Ela permanecia sorrindo, mesmo que seus olhos demonstrassem tristeza. - Você quer mesmo continuar com isso? eu sei que você não me ama! - Eu apelei para consciência de Elena, que era pouca ou totalmente nula. - O problema todo é que eu realmente amo você Klaus. Mesmo que você me despreze, eu sei, que você vai aprender a me amar. E eu sei da humana, e eu garanto a você, se você for de novo atrás dela, eu vou mata-la. Você entendeu? - Deixe a Julie em paz! eu já me despedi dela hoje. - Eu falei sem demonstrar choque. Ela não podia saber que tinha esse controle. - Acho que é melhor assim, vamos, você está atrasado e os brindes vão começar. Ela caminhou pelo salão segurando a minha mão, e o toque da sua pele causava em mim uma repulsa horrível. Ela não era minha. E eu, jamais seria dela. O meu pensamento estava na humana que me esperava em seu quarto, morando em seus olhos e em sua pele de porcelana. Os meu pensamento todo era uma concentração horrível para me afastar. O ódio aos humanos acabava no momento em que eu pensava nela. Mas eu tinha que me afastar, eu podia causar a sua morte. Elena não estava brincando e o desejo de usar aquela coroa ultrapassaria qualquer tratado que tivesse sido feito ao longo dos séculos. O meu pai se aproximou com uma expressão de poucos amigos e disse - Sorria filho, é o seu jantar do pré casamento. Temos toda uma cerimonia e todo o conselho está aqui. Eu o olhei com ódio mortal, e disse - Você vai pagar por isso pai. - Você quer a coroa, não vive falando de justiça e melhoras para o nosso povo? Então siga as regras, se case com Elena, fortaleça nossa dinastia e esqueça aquela maldita humana! O meu povo para mim era o mais importante, se eu achasse, mesmo que por um segundo que alguém poderia ficar no meu lugar, eu fugiria com a humana. Eu a arrancaria de seu povo e viveria isolado com ela até o fim dos tempos. Mas não. Eu era a única esperança de um povo que viveu em guerra com humanos e vampiros imundos. Não havia escapatória, eu tinha que me casar com Elena.






