Priscilla Barcella
Cheguei ao hospital com o coração apertado, sentindo o peso esmagador das últimas 24 horas. Entrei no quarto onde o Liam estava, o som dos monitores de batimentos cardíacos me causando uma sensação de alívio misturada com ansiedade. Ele dormia tranquilamente, com Marta cochilando na poltrona ao lado, seu rosto enrugado refletindo cansaço e preocupação.
Aproximei-me dele com cuidado para não acordá-lo. Ao vê-lo ali, vulnerável, uma onda de emoções tomou conta de mim – alívio, amor, culpa. Já estava prestes a me afastar quando senti sua mão quente segurando a minha, seu toque familiar me ancorando.
— Não me dá nem um beijo de bom dia? — ele murmurou, com um sorriso sonolento, mas que ainda conseguia iluminar meu coração.
Inclinando-me, depositei um selinho em seus lábios, tentando esconder a dor e o cansaço que provavelmente estavam estampados no meu rosto.
— Dormiu bem? — perguntei, enquanto ele acariciava meu rosto com uma ternura que me fez querer desmoronar a