Vitória Matarazzo
Chegamos ao parque e, para minha surpresa, lá estava o Pedro. Roupas leves, sorriso encantador e o gesso protegido com uma fita plástica improvisada. Ao lado dele, um menino de uns sete anos, e um pouco mais distante, o irmão dele, agachado, colocando bóias nos bracinhos de uma garotinha de cabelos castanhos cacheados.
— Vamos nos organizar — disse minha mãe, já assumindo o comando da situação.
Eu, é claro, não pensei duas vezes e fui direto até o Pedro.
— Eu nem acredito que você veio — falei, e ele me puxou para um abraço apertado, caloroso.
— Eu disse que viria — respondeu, com aquele olhar que sempre me desmonta. — E estes dois aqui amaram a ideia. — Apontou para os sobrinhos, que observavam tudo curiosos.
— Paulo! — Ítalo gritou, correndo até o menino que estava ao lado de Pedro.
— Ítalo! Eu disse ao meu pai que queria te encontrar, mas ele falou que era impossível! — Paulo respondeu animado, enquanto o pai dele ria da coincidência.
— Que mundo pequeno... — come