Priscila Barcella
Ao entrar no meu quarto, avistei a Belinha e a Josefa, rindo e brincando animadamente com uma boneca de pano. O som de suas risadas ecoava pelo ambiente, trazendo uma sensação momentânea de paz.
— Titia, você está bem? — A voz suave de Belinha, com um toque de preocupação infantil, interrompeu meus devaneios. Ela se aproximou, segurando minha mão, os olhos grandes e questionadores refletindo a inocência e o cuidado que sempre me desconcertavam.
— Estou — menti, forçando um sorriso enquanto minha mente vagava longe.
— Josefa, vou sair com as meninas. Pode tirar o dia para você, volto só perto do jantar. Avise a Ana também.
Josefa me lançou um olhar cheio de preocupação antes de sair. Afundei na cama, os olhos fixos no vazio. Belinha, com toda sua energia, exibiu o macacão e a blusa rosa que havia escolhido, mas sua voz parecia distante, perdida no eco dos meus pensamentos tumultuados.
Belinha falava animadamente, mas meus pensamentos retornavam às palavras de Max. Er