Vitória Matarazzo
As palavras da Priscila ficaram ecoando na minha mente como um sussurro incômodo, mas necessário.
Aquelas perguntas…
Simples na forma, mas cruéis na essência.
Você pode contar tudo a essa pessoa, sem medo de ser julgada?
Ela é gentil, mesmo nos momentos difíceis?
Ela te impulsiona a ser sua melhor versão, sem te podar?
Você consegue imaginá-la ao seu lado, criando seus filhos?
Fechei os olhos por um instante.
O coração apertado, a garganta travada.
Porque a verdade era clara.
Crua.
Cortante.
Ele não passa em nenhuma.
Nem uma maldita pergunta.
O Murilo de antes... aquele garoto cheio de sonhos, aquele que me fazia rir sem esforço, talvez passasse. Talvez.
Mas o homem que ele se tornou?
Esse homem frio, amargo, tão distante de quem um dia eu amei...
Esse não é gentil.
Não me escuta.
Não me vê.
E, mais do que tudo... ele não me serve.
Não como parceiro.
Não como pai.
Não como futuro.
Respirei fundo, tentando empurrar para o fundo do peito aquela dor que insistia em quei