Isabel Matarazzo
Quando a Priscila tirou ele da sala, tudo em mim quis correr atrás. Gritar seu nome. Abraçá-lo.
Mas o Eduardo me segurou.
Eu desabei ali mesmo. Quieta. Só chorando em pé, no meio do quarto onde o meu filho havia acabado de me negar.
Marta se virou pra mim, com os olhos cheios d’água e a boca entreaberta, como se estivesse tentando entender o que o coração já gritava.
— É verdade? — ela perguntou, num sussurro trêmulo. — O Liam… ele é meu neto?
Engoli seco. Assenti.
— Sim… é verdade.
Ela levou as mãos à boca, deu um passo pra trás, cambaleando. A dor era visível, cortante.
— Mas por que você não me procurou? — ela disse, com a voz embargada. — Eu teria te ajudado, Isabel. Eu daria um jeito… eu podia ter ficado com ele!
— Eu procurei, Marta… — falei, me aproximando, desesperada. — Mais de uma vez. Mas a Manuela… ela me impedia. Dizia que você não queria me ver. Eu te mandei inúmeras cartas e a Manuela me respondeu dizendo que você não queria me ver que eu só estava inte