Priscila Barcella
Depois que o Liam saiu para trabalhar e levou o Ítalo e a Ísis para a escola, fiquei em casa com as menores. Mas, por mais que tentasse me distrair, meus pensamentos estavam longe. Estavam com o Max. Um aperto insistente no peito me lembrava, o tempo todo, do acidente. E, mesmo sabendo que eu não podia controlar tudo, me sentia culpada.— Mamãe, o que foi? — Belinha perguntou, tocando meu rosto com carinho e beijando minha bochecha. Seu gesto me arrancou um sorriso suave.— O que você acha de irmos visitar o tio Max? — perguntei, tentando soar animada.Os olhos dela brilharam.— Sim! Ouviu, Nina? Vamos ver o seu pai! — Nina bateu as mãozinhas, empolgada. — Ela também quer, mamãe! Depois podemos sair?— Podemos sim — falei, me levantando com cuidado e ajeitando Nina no colo.Fomos até o estacionamento, e mesmo com o trânsito um pouco pesado, o caminho até o hospital foi tranquilo. Belinha conversava com