Max Fox
Tudo aquilo estava estranho demais. Meu peito pesava, como se um nó apertado tivesse se alojado bem no meio do esterno, e minha cabeça não parava de girar desde o momento em que ouvi.
Por que, diabos, ela chamou a Isabela de Mavie?
— A Priscila já foi com as meninas — a Rafaela avisou, puxando minha atenção de volta pra realidade. — Vamos pra casa?
Assenti com um murmúrio e a segui até o carro. Assim que me sentei no banco do passageiro e a porta se fechou, o silêncio me sufocou por alguns segundos. Então, algo dentro de mim despertou. Foi quase um estalo. Um impulso. Uma urgência.
— Quer viajar comigo? — perguntei, sem nem pensar direito.
Ela me olhou de lado, o cenho franzido.
— Viajar? Agora?
— Preciso ter certeza, Rafa... — minha voz saiu baixa, carregada. — Preciso saber se a Mavie é mesmo minha filha. Se ela ainda está viva.
Ela ficou em silêncio por um momento, como se processasse minhas palavras.
— Max... — suspirou. — Isso dá pra resolver com um teste de DNA.