Priscila Barcella
Cheguei na minha cobertura com Nina adormecida nos braços. O peso suave dela parecia ancorar meus sentimentos em um lugar mais calmo, quase como se a respiração tranquila dela pudesse silenciar o caos dentro de mim. Assim que entrei na sala, vi Liam sentado no sofá, sozinho, as mãos entrelaçadas e o olhar perdido em algum ponto invisível.
Parei por um instante, observando-o. Ele parecia frágil, mais pálido do que o habitual, como se os dias difíceis no hospital ainda o assombrassem. E, mesmo assim, havia aquela força silenciosa nele, uma presença que me lembrava que eu nunca estava sozinha.
Quando ele notou minha chegada, se levantou imediatamente, os olhos brilhando de alívio e preocupação. Não precisou dizer nada; apenas veio até mim e me envolveu num abraço apertado. Um abraço que era abrigo, ternura e tudo o que eu não sabia que precisava.
— Você está bem? — murmurou contra meu cabelo, a voz baixa e cuidadosa.
Fechei os olhos por um segundo, permitindo-me m