- Assim como você fez no julgamento, posso ter mentido um pouquinho. - Sorri.
Lourenço olhou demoradamente para Gabriel:
- Não… Pode ser!
- Eu pedi que você usasse preservativo… - mesmo sem querer, voltei naquela tarde, me vendo no banco traseiro apertado da viatura, implorando por piedade e se não fosse possível ao menos o uso de camisinha.
- Por que você não abortaria? Não… Tinha porque querer ficar com uma criança… Minha. - Ele não desfocava os olhos de Gabriel.
- Tomei pílula do dia seguinte, me joguei da cachoeira, um telhado caiu sobre mim… E ainda assim este menino cresceu firme e forte. A chance de ele ter inúmeras sequelas eram grandes. Mas… Gabriel é um menino forte e persistente. Ele queria realmente estar aqui… Mesmo sabendo que seria rejeitado pela mãe e pelo pai.
- Rejeitado? - E