Senti algo agarrar-se a mim com força e quase caí, me desequilibrando. Olhei o garotinho grudado nas minhas pernas, com aquele sorriso cheio de dentes branquinhos que me faziam lembrar uma piranha, já que o rostinho era pequeno para os tantos dentes que ele tinha na boca. Peguei-o no colo:
- Olá, minha miniatura preferida!
Ele deu-me um beijo no rosto:
- Assustei você, tia Danna? – Gargalhou, ansioso pela minha resposta.
Arregalei os olhos:
- Nossa, eu fiquei muito assustada! Tanto que quase caí... Você é bom em assustar as pessoas.
- Mamãe disse que posso me fantasiar de bicho-papão na próxima festa!
Pisquei:
- Acho que é uma ótima fantasia.
Logo ele balançou as pernas e o soltei, vendo-o sair correndo atrás das meninas. Gabriel também era um garoto especial. E tinha um lugar no meu coração.
Vanessa me abraçou:
- Semana passada ele era um astronauta. Agora quer ser um bicho-papão. – Balançou a cabeça, rindo.
- Maria Cecília, preciso da sua ajuda. – Padre Celso se aproximou, solicit