Juan saiu da varanda com os punhos cerrados e o peito ardendo.
Ele atravessou o corredor largo da mansão de Ryan como um touro cego, a raiva reverberando nos ossos. Cada passo pesado fazia o chão ranger, ecoando sua decisão: ele não ia mais engolir nada calado.
A luz da manhã invadia os vitrais, lançando cores bonitas no chão. Juan não viu nada disso.
Quando chegou à porta do escritório de Ryan, empurrou-a sem bater.
Ryan estava lá dentro, sentado numa poltrona, enrolado num cobertor, o rosto mais pálido do que nunca. Tinha um copo de água tremendo entre os dedos.
Os dois se encaram em silêncio por alguns segundos.
Ryan arregalou os olhos ao ver o irmão.
— Juan...?
Juan avançou até a escrivaninha.
— A gente vai conversar agora.
Ryan engoliu seco.
— Sobre o quê?
Juan cerrou os dentes.
— Sobre a Alison.
Ryan fechou os olhos, um estremecimento passando pelo corpo inteiro.
— Não começa com isso de novo...
— Não começa? — Juan gritou. — Eu quero saber a verdade, Ryan! Toda a verdade!
Ryan