A casa de Evelyn estava mergulhada em um silêncio quase religioso. O aroma de café fresco e pão quente contrastava com o peso que pairava sobre os ombros de todos à mesa. Evelyn, Reginald, Clenci, Geoffrey, Beth e Benjamin tomavam o café da manhã como se fosse a última refeição antes da execução.
As crianças dormiam no andar de cima, alheias às verdades que, em breve, cairiam sobre a casa como uma avalanche. A xícara nas mãos de Evelyn tremia levemente, mas ela não permitia que o líquido se derramasse. Reginald mantinha a espinha ereta, mas os olhos estavam sombrios. Geoffrey tentou suavizar o clima.
— Engraçado... trinta dias passam voando... até que você está esperando por uma sentença.
Beth olhou para Evelyn, depois para Reginald.
— A verdade não liberta. A verdade revela. E, às vezes, o peso dela é pior que a mentira.
— Eu queria dormir e, quando acordasse, me dissessem que tudo isso foi só um pesadelo ruim... — murmurou Evelyn.
— Acredite, Evelyn, tenho cer