Em um jogo de aparências e manipulações, Lilith Matthews sempre foi a garota popular, aquela que todos invejavam, com o namorado perfeito e um grupo de amigas fiéis. Mas tudo muda com a chegada de Isabella Montgomery, uma novata misteriosa que, sem esforço, começa a roubar a atenção de todos, inclusive a de Henry, o namorado de Lilith. Em um turbilhão de traições, inseguranças e uma rivalidade crescente, Lilith se vê deslocada e com o controle de sua vida ameaçado. Quando Ethan, um novato enigmático com um sorriso cheio de segredos, se aproxima de Lilith, ele revela uma visão distorcida do mundo das relações sociais. Ele a desafia a jogar o “jogo certo”, um jogo de controle e manipulação, onde as aparências são a chave para a vitória. Lilith começa a questionar tudo o que ela sabia sobre si mesma, sobre seus relacionamentos e sobre o poder de sua imagem. Mas, enquanto se aprofunda no jogo de Ethan, Lilith descobre que ele tem suas próprias intenções e que, por mais que queira dominar a narrativa, ela pode acabar sendo apenas mais uma peça no tabuleiro de alguém muito mais manipulador do que imaginava. Causando com o ex da minha rival é uma história sobre poder, controle, traição e identidade, onde o jogo das aparências pode ser o maior inimigo, e, ao mesmo tempo, a única forma de sobrevivência. Quem vai controlar o jogo quando a linha entre amizade e traição se tornar impossível de distinguir?
Ler maisTalvez eu seja a vilã, mas você no meu lugar faria diferente?”
Tudo era diferente. Tudo estava mais fácil… até que ela entrou. A novata. Isabella Montgomery. E todos caíram aos pés dela… Mais um dia caminhando pelo corredor da escola com meu namorado, o famoso Henry Lewis. Tudo estava perfeito, como sempre, até que ela entrou pela porta. Isabella. A novata deslocada, a menina que conseguiu roubar a atenção de todos, até mesmo a de Henry, meu namorado desde o primeiro ano do ensino médio. E agora estávamos no último ano. — Quem é essa? — Pergunta Henry, seu olhar agora fixo nela, deixando de lado tudo o que estava à sua volta. — A novata, Isabella Montgomery. — Respondo, tentando manter a calma. Já sabia quem ela era. Ela morava perto de mim, então não era novidade. — Você está babando, Henry? Ele ri, mas não é uma risada convincente. Seu olhar ainda está preso nela. — Claro que não. Ela não tem nada que me interesse. — Henry balança a cabeça, como se tentasse afastar qualquer pensamento inconveniente. — Não tem, Henry? — Pergunto, minha voz mais baixa, mas com um tom desafiador. Eu conheço o meu namorado melhor do que ninguém. Ele pode tentar esconder, mas o brilho nos olhos dele me diz tudo. A maneira como ele a observa, como se tudo ao redor desaparecesse quando ela aparece… Me revirava por dentro. Mas, claro, eu não podia demonstrar. Não agora. — Eu disse que não tem. — Ele repete, mas a hesitação na sua voz é clara. Ele sabia, eu sabia, e talvez até Isabella soubesse, embora ela ainda fosse completamente alheia ao caos que estava prestes a começar. Passamos por ela no corredor. Isabella estava rodeada por alguns alunos, rindo, fazendo piadas. Algo em sua presença parecia drenar a energia do ambiente, e, de repente, eu não era mais nada. Era como se as pessoas, aqueles que sempre me prestaram atenção, agora só olhassem para ela. Henry, que sempre estava ao meu lado, agora não conseguia mais parar de olhar para ela, se perder em suas palavras, em como ela sorria. Algo dentro de mim estava prestes a explodir. Mas eu sabia que não poderia perder a compostura. Não agora. Eu precisava ser estratégica. Chegamos ao final do corredor. Henry parou, me olhando com um sorriso forçado, tentando suavizar a situação, mas para mim já estava claro. — Vou ficar com os meninos no intervalo, ok? — Ele diz, se afastando, sem olhar para trás. Aquelas palavras caíram como um golpe no meu estômago. Um tapa silencioso, mas doloroso. Eu o observei se afastar, uma mistura de frustração e raiva consumindo meu peito. Isabella não tinha a menor ideia de que acabara de virar o centro de tudo. A menina que, sem nem tentar, havia colocado meu mundo de cabeça para baixo. Fui até o meu armário, me forçando a respirar fundo, a não explodir ali mesmo. Talvez eu fosse a vilã, mas… você no meu lugar faria diferente? Fiquei ali, encostada, sentindo o coração bater rápido demais. A raiva fervia dentro de mim, mas eu sabia que não podia deixar isso transparecer. Não agora. Eu precisava ser inteligente. Preciso de uma estratégia. Quando o sinal tocou, todos começaram a se dispersar para o intervalo, mas eu ainda estava no meu lugar, os olhos fixos no corredor. E então, lá estava ele. O estúpido Henry, conversando com Isabella. Conversando de um jeito que nunca fizera comigo. O que eles estavam dizendo? Como uma amizade repentina poderia surgir assim, do nada? Eu não podia mais ignorar. Eles estavam se divertindo juntos, rindo das piadas dela, e eu não estava mais no centro da sua atenção. Como se eu fosse só mais uma na multidão, enquanto ela… ela era tudo. Mas eu sabia o que fazer. Eu sempre soube como controlar as coisas. Eu sou a vilã, sim, mas as vilãs nunca perdem. Nunca. E se Isabella queria tomar o que era meu, eu não deixaria. Decidi ser direta. No intervalo seguinte, fui até a cantina, o meu lugar habitual. Quando entrei, Isabella estava sentada sozinha, mexendo no celular, parecendo alheia ao mundo ao seu redor. Era a minha chance. Me aproximei lentamente, com um sorriso que eu sabia ser sedutor, mas também carregado de ironia. Era como se eu estivesse prestes a brincar com ela, a tirar o equilíbrio dela. — Olá, Isabella, não é? — Falei, minha voz suave, mas cheia de malícia. Ela levantou os olhos do celular, surpresa, mas logo esboçou um sorriso tímido. — Ah, você deve ser a vilã. — Ela disse, como se fosse um fato. — Eu sou tudo o que você achar que sou. — Respondi, com um tom quase brincalhão, mas o olhar em meus olhos não era nada amistoso. “Só espero que esteja gostando da nossa escola… Não é fácil ser uma novata, não é?” Ela deu de ombros, parecendo não entender exatamente o que eu queria dizer, o que só aumentou meu prazer. Sabia que estava começando a lançar a dúvida. A semente de desconforto. Mas, claro, não faria isso de forma óbvia. Não ainda. — Tenho certeza que você já deve ter feito muitos amigos por aqui. — Continuei, a voz doce, mas com um olhar penetrante. “Henry, por exemplo, é… bem, ele é um bom amigo.” Isabella olhou para o lado, um rubor sutil colorindo suas bochechas, mas ela não disse nada. O impacto estava feito. Ela sabia que não era só mais uma garota tentando impressioná-la. Eu tinha controle, e isso ficaria claro para ela em breve. — Enfim, se precisar de algo, estou por aqui. A propósito, você está vestindo uma camisa muito… interessante. Não é comum por aqui, sabia? Um pouco ousada para uma novata. — Falei, notando a camisa dela. Ela tentava se destacar, e aquilo era algo que eu poderia usar contra ela. Algo que me dava vantagem. — Até uma dica de moda, bye bye Agora, só restava esperar.IsabellaVejo Rafaela saindo da sala, rindo com Lilith e Ethan. Assim que ela fica sozinha, a chamo:— Rafa.Ela para, me olha surpresa — e com deboche.— Nossa, Isabella… você falando comigo?Cruzo os braços, ignorando o tom irônico na voz dela.— Você estava rindo com a Lilith e o Ethan.Ela arqueia uma sobrancelha, como se fosse óbvio.— Sim. E daí?Suspiro, tentando manter a calma.— Desde quando vocês são… amigos?Ela solta uma risada curta.— Desde que percebi que a Lilith não é só um título de popularidade. Diferente de algumas pessoas, ela sabe jogar o jogo sem pisar em todo mundo.Franzo a testa.— O que você quer dizer com isso?Ela sorri de lado, cruzando os braços também.— Você sabe bem o que eu quero dizer. Você jogou seu rei fora, Isabella. E agora está incomodada porque outra pessoa o pegou… e jogou melhor.Sinto meu estômago revirar.— Você está exagerando.— Estou? — Ela inclina a cabeça. — Então por que está tão incomodada?Fico em silêncio. Ela apenas ri e dá de om
IsabellaObservei Lilith e Ethan se afastarem de mãos dadas, e algo dentro de mim se contorceu.Nem tudo é um jogo.Eu deveria saber disso?Revirei os olhos, soltando um suspiro impaciente.Lilith adorava jogar com as palavras, e talvez essa fosse a maior diferença entre nós. Eu sempre joguei pelas regras do poder, da influência, da aparência. Mas Lilith? Ela fazia com que todos dançassem conforme sua música, sem que sequer percebessem.Ethan não era um idiota.Ele sabia muito bem o que estava fazendo ao se envolver com ela.Mas a pergunta que não saía da minha cabeça era: ele fazia parte do jogo dela ou ela fazia parte do dele?E, acima de tudo, por que eu ainda me importava?LilithSaí de perto de Isabella sem olhar para trás. Sentia o aperto firme da mão de Ethan na minha, e isso me dava uma sensação estranha… Como se, pela primeira vez, eu tivesse um aliado que não vacilaria.— Ela ainda está te incomodando? — Ethan perguntou, enquanto caminhávamos pelo corredor.Dei de ombros.—
Eu sabia que Lilith não ia desistir tão fácil.Desde o momento em que entrei naquela escola, foi questão de tempo até que ela se tornasse minha maior rival. Mas, até agora, eu sempre estive um passo à frente. Sempre soube manipular o jogo ao meu favor.Só que algo mudou.Eu percebi isso quando vi Lilith entrando de mãos dadas com Ethan Laurent.Ethan. O garoto que nunca realmente pertenceu a esse mundo de status, festas e poder, mas que, de alguma forma, sempre esteve ali. Sempre foi uma peça no tabuleiro. Antes, uma peça minha. Agora… dela.Cruzei os braços, observando de longe enquanto Lilith ria de algo que ele dizia. Ela parecia tão confortável, tão confiante.Isso me irritava.Porque Lilith sempre foi assim: segura, arrogante, como se o mundo estivesse na palma da sua mão. Mas agora, depois de tudo que aconteceu, depois de eu finalmente ter conseguido derrubar sua coroa… ela deveria estar no chão. E, no entanto, ela estava ali, caminhando ao lado de Ethan como se ainda fosse a ra
A primeira coisa que pensei quando Lilith me beijou foi: ferrou. Porque, naquele momento, percebi que eu estava completamente ferrado. Eu gostava dela. Não só do jeito desafiador, inteligente e caótico dela. Eu gostava dela de verdade. E agora todo mundo sabia disso. Eu só espero que ela não saiba. Entramos no refeitório de mãos dadas, e eu senti os olhares sobre nós. Era engraçado como, em uma escola onde já aconteceu de tudo, a maior fofoca do dia ainda era sobre quem estava namorando quem. Isabella nos encarava de longe, sua expressão era ilegível, mas eu conhecia aquele olhar — era o olhar de quem via seu jogo escapando pelo ralo. Henry estava mais difícil de decifrar. Ele olhou para Lilith e depois para mim, como se tentasse entender como diabos isso tinha acontecido. Sentei-me ao lado de Lilith, que começou a comer como se nada estivesse acontecendo. — Você está bem tranquila para alguém que acabou de virar o centro das atenções. — Sussurrei. Ela deu de ombros
Finalmente chegou a segunda-feira. O dia prometia, e não apenas por ser o início de uma nova semana escolar – mas porque agora tudo havia mudado. Ou melhor, nós havíamos mudado.Ethan fez questão de me buscar em casa. Mas não com o carro de sempre.Ele chegou em uma moto preta, impecável, com o capacete debaixo do braço e aquele sorriso meio torto que me fazia perder o raciocínio. Minha mãe quase derrubou o café quando o viu pela janela.— Caramba, Ethan, não sabia que você tinha moto. — Brinquei, cruzando os braços.— Só uso em ocasiões importantes. — Ele disse, jogando a chave no ar e pegando com facilidade. — E isso, rainha do caos, é importante.Meu coração deu uma cambalhota.Sorri de lado, ajustando o capacete que ele me entregou.— Você realmente leva essa coisa de "chegar com estilo" a sério, hein?— Se é para fazer um jogo bem-feito, temos que impressionar desde o primeiro movimento. — Ele piscou, dando partida na moto.Subi atrás dele, segurando firme sua jaqueta de couro. O
— Queridos a pizza chegou. - Grita minha mãe Ethan fechou o livro e me olhou com um sorriso de canto. — Acho que esse é o nosso sinal para uma pausa. Revirei os olhos, mas não pude evitar sorrir. — Você só queria uma desculpa para fugir da química. — E você só queria uma desculpa para continuar me observando. Meu sorriso vacilou por um segundo, mas me recuperei rápido. — Você se acha demais, Laurent. — Só porque você me dá motivos, Matthews. Antes que eu pudesse rebater, minha mãe gritou de novo: — Se vocês não descerem agora, eu como tudo sozinha! Ethan riu e se levantou, estendendo a mão para mim. — Vamos antes que sua mãe realmente faça isso. Segurei sua mão sem pensar muito. Mas, quando nossos dedos se entrelaçaram, senti um arrepio estranho. Balancei a cabeça, ignorando a sensação. Era só o jogo. Era só a estratégia. Então por que, quando ele me puxou para levantar, meu coração bateu mais forte? Minha mãe nos olhou com um sorriso divertido enquanto coloc
Último capítulo