Bianca Fagundes
Ter aquele sono da tarde agarrada com o Edu foi uma novidade que adorei. No meio da tarde, desliguei a TV que ainda passava o filme e olhei para o meu “armário humano” dormindo todo relaxado. Senti uma mãozinha me cutucar. Virei na cama e vi a Helena em pé ao meu lado, com o lençol dela e os olhinhos quase fechados.
— Posso me deitar com você, tia Bia? — perguntou.
Peguei minha pequena e a coloquei entre nós na cama. Fiquei fazendo carinho no rostinho dela até que voltasse a dormir. Nesse instante, fiquei olhando para os dois. Quase não há semelhança física entre eles, mas o jeito é igual, algo que já tinha percebido antes.
Fico tão irritada com a mãe dela, que a abandonou e está perdendo uma fase tão boa de sua vida. Afasto esses pensamentos e me deixo levar pelo mundo dos sonhos.
— Amor, pode abrir a porta, por favor? — pediu o Edu.
Ele continuava enrolado tentando ajudar a Helena a fazer o tal vulcão para a escola. Fui abrir e tive uma péssima surpresa.
Impossível n