A expressão de Vincenzo permanece intacta, fria, quase inexpressiva, revelando apenas o controle absoluto de quem não se deixa ler.
— Não se preocupe com isso. — Vincenzo afirma, pondo fim à conversa enquanto volta a caminhar.
— Como quiser, cretino. — Seraphina sussurra, caminha até a porta escancarada e a fecha com um golpe seco, como se selasse o fim do encontro à sua maneira.
Ela se acomoda na cadeira de couro, puxando o notebook para perto, e sem perder tempo inicia a pesquisa sobre Antonella, afinal, se existe algo que ela se recusa a aceitar é a possibilidade de não executar um trabalho com absoluta perfeição.
— Uma vadia. — Seraphina murmura, após vasculhar páginas e páginas de matérias, o sarcasmo escorrendo em sua voz como se tivesse acabado de decifrar uma caricatura patética disfarçada de mulher. — Vamos ver se você é, de fato, meu reflexo.
Algum tempo depois, após uma parada estratégica para comprar o jantar, Vincenzo abre a porta de casa e, ao entrar na sala, depara-se c