Vincenzo se ergue de repente, o celular colado à orelha, enquanto a outra mão agarra a garrafa de vinho com força.
Avança em direção à sala em passos firmes e pesados, a irritação latejando em cada fibra do corpo, como se cada batida do coração fosse mais um golpe de fúria prestes a transbordar.
— Lucchese, o senhor não está honrando a sua parte do acordo…
Antes que a mulher conclua a frase, uma risada irônica escapa dos lábios de Vincenzo, seca e afiada, como se cada palavra dela não passasse de uma piada mal contada diante dele.
— Engano seu. — Vincenzo rebate, a voz ainda marcada pela ironia da risada. — Em poucos dias em Savoca, já explodiram o meu carro, reduziram a minha casa a escombros e tenho certeza de que, na próxima, não será um bem material, mas o meu corpo espalhado em pedaços pela rua. Diga-me, isso lhe parece que eu não estou cumprindo o acordo?
Um silêncio cortante se instala na ligação, tão denso que parece invadir a sala, enquanto Vincenzo ergue a garrafa e leva o v