Vittoria permanece imóvel, como se o próprio corpo a traísse, recusando-se a reagir. O medo pulsa em seus olhos, silencioso e intenso, enquanto acompanha o deslizar lento da lâmina pelo tecido do vestido.
Cada centímetro revelado queima como fogo sob sua pele exposta, não pela lâmina, mas pela maneira como ele a observa, como se já a possuísse sem sequer tocá-la.
— Me diga, bella. — Vincenzo murmura, recuando um passo, os olhos cravados nela, sem sequer piscar. — Você está com medo?
— Não. — Vittoria responde, erguendo o queixo com firmeza, recusando-se a ceder qualquer traço de medo ou fraqueza, mesmo com o caos ardendo ao seu redor.
Vincenzo sorriu, não com pressa ou lascívia barata, mas com a satisfação silenciosa de quem contempla algo que acredita ser seu por direito.
Os olhos percorreram cada curva revelada, demorando-se nas linhas suaves do corpo coberto somente pela lingerie.
Era como admirar uma obra feita sob medida, reservada exclusivamente para ele, e prestes a ser recla