Na manhã seguinte, Vittoria se espreguiça lentamente entre os lençóis amassados, o corpo ainda envolto pelo calor suave que ficou da noite anterior.
Cada músculo parece carregar a memória de uma entrega profunda, exausta de prazer, mas leve como se tivesse finalmente descansado no único lugar onde realmente pertence.
Ela mantém os olhos fechados por alguns segundos, o rosto voltado para o travesseiro, como se quisesse prolongar aquela sensação, o toque dele em sua pele, os beijos vagarosos na madrugada.
Foi mais do que desejo. Foi intensidade na medida exata, prazer sem pressa, amor sussurrado através da pele.
Vincenzo não a tocou somente por desejo, a tocou como um homem que ama profundamente, que sente cada gesto, cada respiração.
Cada vez que a puxava para si, não era impulso ou carência do corpo, era afeto em estado bruto, como se o amor transbordasse pelas mãos e pelos lábios sem pedir permissão.
Uma escolha silenciosa e constante de amá-la por inteiro, sem defesas, sem reserva