Vittoria exibe um sorriso, não de felicidade, mas de alguém que contempla, com amarga lucidez, as ironias cruéis da vida.
— Isso tudo parece uma piada de mau gosto. — Vittoria comenta, com um sorriso frio que corta qualquer traço de emoção.
— Mas, infelizmente, não é. — Vincenzo rebate, sem qualquer suavidade. — O Giuliano está ainda pior do que era. — Afirma, com a voz firme e o rosto marcado por um desprezo contido. — Ele mata à luz do dia, estupra meninas inocentes, e a convivência com o Rocco arrancou de vez o que restava daquele garoto medroso, deixando apenas o monstro que sempre tentou nascer.
— Ainda me dói admitir que o menino que eu tanto amei se tornou um monstro. — Confessa, com a voz baixa e partida ao meio, carregando uma dor enraizada desde o instante em que descobriu a verdadeira face do irmão.
Ela apoia a testa no peito de Vincenzo, como se precisasse de um único ponto de sustentação para não ser arrastada novamente para o mesmo ciclo de dor.
— Vincenzo, me promete um