Giuliano abre os lábios surpreso, ciente do que aquilo significa, e embora o impulso seja negar, ele engole o próprio orgulho e se mantém em silêncio.
— Amanhã teremos o jantar para o anúncio do noivado. — Rocco informa, abrindo a gaveta e puxando um envelope, que ele joga sobre Giuliano com indiferença.
Giuliano abre o envelope com dificuldade, porque ainda não recuperou os movimentos da mão, mas sabe que nunca mais será igual, já que perdeu metade do dedo mínimo e do anelar.
Ele observa o contrato assinado por Rocco e Cesare, onde ambos firmam um acordo de casamento entre seus filhos.
— Certo. — Giuliano responde, aceitando a decisão sem contestar, porque a dor e a mutilação ensinaram a ele que contrariar Rocco sempre cobra um preço ainda maior.
— Agora vá comprar um anel de noivado para sua futura esposa. — Ordena, gesticulando para que ele se retire sem questionar.
Giuliano obedece, sentindo a raiva o consumir, e desde a volta de Rocco ele deseja profundamente retornar para casa,