O retorno para casa permanece silencioso, mas já não é o silêncio da dor ou da distância, e sim o de um amparo mútuo, onde cada respiração partilhada é a compreensão de que tudo na vida se torna mais suportável, mais leve e mais verdadeiro quando é dividido.
Assim que chegam, ambos compartilham um banho quente que remove o frio e o cansaço acumulado dos últimos dias.
A água que desliza sobre a pele traz uma sensação de alívio discreta, devolvendo um pouco de calma ao corpo exausto.
Quando finalmente se deitam, o sono chega rápido, como se a mente, por fim, encontrasse descanso.
O sono é profundo e, pela primeira vez desde a perda, ambos parecem descansar de verdade, como se o corpo enfim cedesse ao cansaço acumulado e a mente encontrasse um breve refúgio em meio às dores que os acompanharam nos últimos dias.
Quando a noite avança e o silêncio da casa se torna absoluto, Vittoria desperta, o olhar ainda perdido entre o real e o sonho.
Ela se vira lentamente para o lado e o observa dormi